estou amaldiçoado,
pelos outros.
passaram-se os anos
e me enchi de flores
bem afiadas
e toda vez que as alcanço,
me lanço em espinhos raivosos.
agora sangro, e sem culpa.
esvazio pratos solenemente para passar o tempo.
a ciranda que vocês, meus, fazem ao redor de meu corpo
é bela e estéril, frustrada em si mesma.
juntos, produzimos epifenômenos declarados aqui como
paredes maciças de um corredor escuro onde o fim nunca é tocado por minhas
imprecisas mãos.
o momento é difícil de engolir.
sigo nestes versos prematuros, como tentativa de transtemporalizar estes minutos:
…