band-aids.

está todo mundo perdido demais. passamos milênios deteriorando e refinando a fala, e chegamos em lugar nenhum. estamos cada vez mais a mercê do caos, e nosso histórico sociocultural nos prevê de longe. não conseguindo descrever-nos, muralhas são construídas entre um corpo e outro, e os contatos vulneráveis se desvanecem furiosamente. foda-se, respirarei aos pés de uma poesia mundana qualquer!

abstenho-me de minha vivência, e ela me transpassa. nada importa. continuo a atuar conforme proposto. sem sincronia alguma com o que está acontecendo ao redor, ainda estou na dança, ela não irá parar. ela manda. as vezes dançarei tristonho, às vezes risonho. tudo tem perdido e ganhado sentido de forma tão rápida e mecânica quanto meus pulmões se enchendo e esvaziando de ar em um piscar de olhos.

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