marcha do silêncio.

Aqui chegamos então
– não há caminhos senão este
E daqui, somos prisioneiros.
Por não termos sido prisioneiros de todos outros.

Me engasgo em soluções ilusórias.
Costumo agir em falácias românticas.

Essas palavras
fazem sua gênese em meu estômago agora enjoado.
Saem de minha garganta e deixam dor,
mas também alívio.

Me abraço no vazio após querê-lo.
Me encolho, e então,
melancolia.
– um bebê.

Mas amo-me por tudo que não foi.
Do resto fui tudo.

Minhas trágicas tragadas:
metafísica.
Tento ir mas fico aqui,
como todos os outros zumbis que me cercam.

Todos estão perdidos.
Àquele romanticismo teimoso, meu falso desapego.

E após e aquém de tudo,
o silêncio continua em sua marcha infinita.

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