me jogue fora.

quem gosto,
me desgosta
pois sou apenas metade
daquilo que se apresenta pelos meus braços e pernas
perambulando os ares
em quaisquer movimentos aleatórios, ordenados por expectativas
ordinárias.

e meus movimentos frágeis do querer
são considerados fantoches idiotas
de uma peça teatral que pouco vale.

isso porque mutações em um mesmo nome
são inválidas segundo quaisquer conjuntos de regras acumulados em
roteiros românticos,
onde ásperos dias e noites frias,
sangue, dor e choro inconsolável são todos
pedaços de algo surreal, que transbordaria
fênomenos estéticamente românticos e bonitos
e
ferraria toda essa imagem artística esculaxada que é
vosso romantismo cultural.

me jogue fora.

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