ninguém.

ela me disse que não sabia se tinha muito a oferecer.
nada tens. o que tanto quero?
me confortei ao pensar o quão desesperador era essa declaração,
talvez apenas uma vulnerabilidade forjada.

mas os dias passaram,
e você não veio.
as vezes penso que nem eu vim,
fiquei por algum não-lugar.

em dias escuros de ouvidos muito abertos,
de fato:
nada tenho a oferecer
e me parece que todo mundo já sabia.

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