um doce vestido,
leve como teus cabelos
e
os ventos passando em teu sorriso,
me fariam pensar agora em felicidade.
o corpo sempre sutíl.
aquelas ideias que me pegam:
explosivas,
cheias de quês sobre o mundo,
e a paixão pela arte,
filosofia ou ciência:
chicoteiam em qualquer lugar
de meu corpo cheio de mim,
que me aponta para ti
em um tufão sem muitos rumos.
me cego e tento me guiar
pelas vozes de teus
problemas sem sentido
– jogamos fora algumas risadas.
lhe abraço e quero
beijos
e minha boca se guia a tua
e você se guia a mim.
e cá estamos então,
em um romance fadado
a morte.
mas me tento em alguns versos de amor,
mais uma vez.
se crescer agora,
posso estar na muralha da vida,
que outrora me foi negada.
permita-me fugir nos instintos:
tire teu
vestido
e me vista de você.
há tempos meus desejos
não discriminam todos detalhes
que há num corpo como o este.
venha
a mim.